Câncer de Próstata

Câncer de Próstata | Dr. Emanuel Veras - Urologia e Cirurgia Robótica

O câncer de próstata é uma doença altamente prevalente, sendo o tipo de câncer mais comum em homens no Brasil (exceto câncer de pele não melanoma) e é a segunda causa de morte mais comum entre os homens em nosso país. Segundo o INCA, no Brasil, 1 em cada 7 homens terá câncer de próstata, além de ocorrer 1 morte a cada 40 minutos devido essa neoplasia. Estudo conduzido e publicado recentemente na revista científica Lancet, uma das publicações de maior fator de impacto no mundo, prevê, infelizmente, uma duplicação do número de casos e um aumento de 85% na mortalidade devido câncer de próstata no mundo. De acordo com a publicação, o grande aumento no número de casos ocorrerá principalmente devido ao aumento da expectativa de vida e o de mortes pelo diagnóstico tardio, comum em países de baixa renda.

Os fatores de risco para o câncer de próstata incluem:

  1. Envelhecimento: o risco de desenvolver a doença aumenta com a idade. A maioria dos casos ocorre em homens com mais de 65 anos de idade.
  2. Etnia (raça): os homens afro-americanos têm um risco mais alto de desenvolver o câncer de próstata.
  3. Histórico familiar (fatores hereditários): os homens com parentes de primeiro grau (pai, irmão ou filho) com câncer de próstata têm um risco mais alto de desenvolver a doença.
  4. Dieta: pode haver um aumento do risco de câncer de próstata em pacientes com dieta rica em gordura animal, frituras e carne vermelha, entretanto as evidências científicas em relação aos fatores de risco dietéticos são de má qualidade.
  5. Obesidade: aumenta risco de câncer de próstata.
  6. Atividade física insuficiente: os homens que não praticam exercícios regularmente têm um risco maior de desenvolver câncer de próstata.
  7. Exposição a produtos químicos: alguns estudos sugerem que a exposição a produtos químicos, como pesticidas e solventes, pode aumentar o risco de câncer de próstata.
  8. Tabagismo: atualmente o tabagismo foi associado a um risco aumentado de morte por câncer de próstata.

É importante lembrar que esses fatores de risco não garantem que um homem desenvolverá câncer de próstata. Alguns homens com muitos fatores de risco nunca desenvolverão a doença, enquanto outros sem fatores de risco podem desenvolvê-la. A prevenção do câncer de próstata inclui medidas que controlem esses fatores de risco, assim como o rastreamento regular e o acompanhamento com um médico urologista.

Na fase inicial, quando as chances de cura podem chegar a 90%, o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas. Apesar de não serem sintomas exclusivos do câncer de próstata, em fases mais avançadas podem surgir: hematúria (sangue na urina), hematospermia (sangue no sêmen), aumento de frequência miccional durante o dia (polaciúria) e a noite (noctúria), jato urinário fraco e/ou intermitente, disfunção erétil e dores ósseas.

A SBU recomenda que homens a partir de 50 anos, mesmo sem apresentar sintomas, procurem um profissional especializado para avaliação individualizada, tendo como objetivos o esclarecimento e o diagnóstico precoce do câncer de próstata. Os homens que fazem parte do grupo de risco (raça negra ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata ou obesos) devem receber orientações médicas, a partir dos 45 anos. A análise inicial da próstata é feita tradicionalmente pela dosagem do PSA no sangue e o exame de toque retal e em caso de necessidade o urologista pode solicitar exames adicionais como a ressonância magnética. Entretanto é importante salientar que esses exames são complementares a uma avaliação global do paciente, determinando os fatores de risco e as doenças concomitantes, individualizando assim a avaliação.

A chave para o sucesso do tratamento do câncer de próstata é que o diagnóstico seja realizado de forma precoce, com a doença em seu estágio inicial, quando se é possível promover a cura com menor risco possível de sequelas. O diagnóstico do câncer de próstata se dá a partir da biópsia da próstata, que será solicitada caso haja risco aumentado de câncer de próstata clinicamente relevante.

As opções de tratamento do câncer de próstata variam de acordo com o estágio, tipo histológico da doença (agressividade das células tumorais), idade, condições clínicas além da decisão compartilhada entre o paciente e o seu médico, e podem incluir cirurgia, radioterapia, vigilância ativa, hormonioterapia, quimioterapia e radiofármacos.

Entre os avanços no tratamento cirúrgico do câncer de próstata estão as cirurgias minimamente invasivas, como a prostatectomia radical robótica. Essa técnica oferece várias vantagens em comparação ao método tradicional, incluindo menor perda de sangue, recuperação mais rápida no pós-operatório para atividades diárias, menor tempo de hospitalização e redução da dor pós-operatória. A precisão dessa técnica com pinças articuladas e com filtro de tremor, além de uma visualização de alta definição, ampliada e tridimensional também permite aos cirurgiões preservar tecidos saudáveis ao redor da próstata, o que gera resultados funcionais mais precoces como a preservação da função sexual e do controle urinário. No entanto, é importante lembrar que a cirurgia robótica não é apropriada para todos os pacientes e que é importante discutir as opções de tratamento com o seu médico para escolher a opção mais adequada.

Cirurgia robótica para câncer de próstata | Dr. Emanuel Veras UrologiaA vantagem da cirurgia de próstata robótica parece residir em uma recuperação da continência urinária mais precoce, menor tempo de utilização de sonda na uretra após a cirurgia, menor trauma cirúrgico e menor quantidade de sangramento. Alguns estudos com um número limitado de casos sugerem melhores índices de recuperação da potência sexual a favor da prostatectomia robótica.

Nossa equipe tem grande experiência no tratamento cirúrgico do câncer de próstata. Estamos sempre atualizados sobre os tratamentos mais modernos e menos invasivos, incluindo a cirurgia robótica, visando garantir o melhor resultado para os nossos pacientes com o mínimo de efeitos colaterais possíveis. Se você ou alguém de sua família está enfrentando o câncer de próstata, não hesite em entrar em contato conosco. Estamos prontos para lhe ajudar com um tratamento de qualidade. Caminharemos juntos nessa jornada de tratamento.

Biopsia de Próstata

Biópsia de Próstata | Dr. Emanuel VerasA biópsia de próstata é um procedimento médico que envolve a remoção de pequenas amostras de tecido da próstata para exame anátomo patológico. A biópsia de próstata é realizada geralmente quando há suspeita de câncer de próstata. O exame é realizado por um médico especialista (urologista ou radiologista) que insere uma agulha fina através da parede do reto ou através do períneo para coletar as amostras de tecido.

Antes de realizar uma biópsia de próstata, o médico geralmente solicitará alguns exames laboratoriais, como exame de sangue e urina, para avaliar a saúde geral do paciente. e pode ser um indicador de câncer de próstata.

O paciente pode não precisar fazer jejum antes da biópsia de próstata quando o procedimento é realizado apenas com anestesia local. O médico pode prescrever um laxante ou um enema para limpar o intestino antes do procedimento. Entretanto se o paciente for submetido a uma biópsia de próstata com sedação, é recomendado seguir as instruções do médico sobre o jejum. A sedação é um tipo de anestesia que ajuda a relaxar o paciente e a diminuir a sensação de dor durante o procedimento. Quando o paciente está sob sedação, ele pode ficar sonolento e pode ter dificuldade para respirar e engolir. Portanto, é importante que o paciente esteja em jejum para evitar o risco de broncoaspiração que pode levar a uma infecção grave dos pulmões ou até mesmo a uma parada cardiorrespiratória. O jejum geralmente inclui a abstenção de comer e beber qualquer coisa, exceto água, por pelo menos 8 horas antes do procedimento. O médico pode fornecer instruções específicas sobre o jejum, incluindo quanto tempo o paciente deve ficar em jejum e quais medicamentos o paciente pode tomar com água antes da biópsia. É importante seguir as instruções do médico rigorosamente para minimizar o risco de complicações durante o procedimento.

Pode ser recomendado o uso de antibióticos para prevenir infecções antes e após a biópsia.

A biópsia de próstata é um procedimento geralmente seguro, mas como qualquer procedimento médico, pode haver alguns riscos. Alguns possíveis efeitos colaterais incluem dor abdominal, sangramento retal, sangramento uretral e infecção. No entanto, esses efeitos colaterais são geralmente leves e costumam desaparecer rapidamente. Após a biópsia de próstata, o paciente pode sentir um pouco de desconforto na região abdominal e no reto por alguns dias. É importante seguir as instruções do médico, como evitar esforço físico intenso e usar medicação para aliviar o desconforto, se necessário. O paciente também pode sentir vontade de urinar com mais frequência nas primeiras 48 horas após o procedimento, mas isso também deve diminuir com o tempo. Em geral, o paciente pode retomar suas atividades normais após alguns dias de descanso.

Os resultados da biópsia de próstata são geralmente disponibilizados em alguns dias após o procedimento. O patologista examinará as amostras de tecido coletadas durante a biópsia para verificar se há células cancerosas ou outras alterações.

Existem vários possíveis resultados da biópsia de próstata, incluindo:

  • Negativo para câncer: Se as amostras de tecido não mostrarem células cancerosas, o resultado será negativo para câncer.
  • Câncer de próstata: Se as amostras de tecido mostrarem células cancerosas, o resultado será positivo para câncer de próstata. Isso significa que o paciente tem câncer e provavelmente precisará de tratamento para remover ou controlar o câncer. O tipo de tratamento dependerá da extensão do câncer e da saúde geral do paciente.
  • Outras alterações: A biópsia de próstata também pode mostrar outras alterações nas células da próstata, como inflamação ou aumento do tamanho das células. Nesses casos, o médico pode prescrever tratamentos para controlar essas alterações ou realizar exames adicionais para avaliar a situação.
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