Câncer de Pênis
O câncer de pênis é uma doença incomum que se desenvolve na pele ou nas estruturas internas do pênis. Ele afeta mais frequentemente os homens entre 50 a 70 anos, porém indivíduos mais jovens também possam ser acometidos.
No Brasil, estima-se que a incidência do câncer de pênis varie de 2.9 – 6.8/100.000 habitantes, sendo as regiões norte e nordeste responsáveis pelos maiores números de casos, sendo responsável por aproximadamente 2% dos cânceres em homens. Há uma maior incidência da doença em regiões com menores níveis socioeconômicos, sendo o Brasil um dos países com maior incidência da doença no mundo.
Os principais fatores de risco:
- Tabagismo: o tabago possui várias substâncias que induzem o câncer
- Fimose: dificulta higienização do pênis e propicia infecções e inflamações crônicas
- Infecção pelo HPV (Papilomavírus): associado a 30-50% dos casos.
- Má higiene: pode provocar inflamação crônica
- Idade: mais comum em pacientes mais idosos
- Baixo nível socioeconômico: associado a menor acesso à informação, prevenção e cuidados de saúde.
- Doenças dermatológicas crônicas do pênis
Os sintomas do câncer de pênis podem incluir:
- Lesão persistente no pênis: úlcera, ferida ou nódulo que não cicatriza
- Massa anormal no pênis: pode ser verrucosa (semelhante a uma couve-flor)
- Vermelhidão, inchaço ou espessamento da pele do pênis
- Sangramento: na lesão ou durante micção/atividade sexual
- Dor: geralmente em estágios mais avançados
- Ínguas (linfadenopatias) inguinais: aumento dos gânglios linfáticos da virilha, podendo indicar disseminação local.
É importante enfatizar que o diagnóstico precoce melhora significativamente o prognóstico do paciente. A suspeita clínica da doença e realizada através da verificação de lesão suspeita pelo exame físico do pênis (úlceras, nódulos, espessamentos da pele) e da região inguinal (presença de linfonodos palpáveis). A Confirmação da doença é realizada através de biópsias das lesões. A localização mais frequente do câncer de pênis é na glande (50%). Exames como ultrassonografia (US) ou ressonância nuclear magnética (RNM) podem ser utilizados de forma complementar para definir o grau de comprometimento da doença (estadiamento).
O tratamento depende do estágio da doença, localização da lesão, comprometimento linfonodal e da saúde geral do paciente e pode incluir cirurgia para remover o câncer, radioterapia ou quimioterapia. A cirurgia pode incluir a remoção parcial ou total do pênis, dependendo do tamanho e da localização do câncer. De acordo com dados do Ministério da Saúde, estima-se que sejam realizadas, anualmente, 850 cirurgias para o tratamento do câncer de pênis no Brasil e que aproximadamente 50% destes procedimentos sejam executados nas regiões norte e nordeste.
É importante lembrar que o câncer de pênis é uma doença grave, mas o tratamento precoce pode aumentar significativamente as chances de cura. Se você tiver qualquer um dos sintomas mencionados acima ou se tiver preocupações sobre o câncer de pênis, procure um urologista imediatamente.
Disfunção Erétil
A disfunção erétil é um problema sexual comum que afeta muitos homens em diferentes idades. Ela ocorre quando um homem tem dificuldade em obter ou manter uma ereção firme o suficiente para ter relações sexuais.
Existem vários fatores de risco que podem contribuir para o surgimento da disfunção erétil, incluindo:
- Idade: o risco aumenta com a idade.
- Doenças crônicas: condições como diabetes, hipertensão, dislipidemia (colesterol e/ou triglicerídeos alterados) e doenças cardiovasculares podem afetar a circulação sanguínea e, consequentemente, a ereção.
- Obesidade.
- Tabagismo: o cigarro pode danificar as artérias e prejudicar a circulação sanguínea, o que pode levar à disfunção erétil.
- Estresse e ansiedade: esses fatores podem afetar negativamente a saúde sexual.
O Dr. Emanuel está comprometido em ajudar os pacientes a entender as causas da disfunção erétil e encontrar tratamentos eficazes para melhorar a qualidade de vida sexual.
Doença de Peyronie
É uma tortuosidade (Curvatura) peniana adquirida, causada por uma doença fibrosante do pênis e que não tem uma etiologia (causa) bem definida. Acomete 3 a 9% dos homens e é mais comum em homens entre os 40 e 70 anos de idade. Pode estar associada a disfunção erétil em até 50% dos casos.
A doença de peyronie pode ser classificada em 2 fases:
- Fase aguda/inflamatória: nessa fase o paciente pode ter dor e progressão da curvatura.
- Fase crônica/estável: a placa fibrosa está estabelecida, dor desaparece e a curvatura se estabiliza.
O diagnóstico é realizado através da avaliação clínica do paciente, podendo ser complementada pelo ultrassom doppler peniano.
A indicação de tratamento cirúrgico só deve ocorrer nos casos em que a curvatura peniana impossibilita as relações sexuais e fora da fase aguda da doença. O tratamento clínico com medicações como vitamina E, pentoxifilina e Colchicina estariam indicados apenas na fase aguda e com uma eficácia bem controversa.